Asilo já anotou seis mortes pela doença
Um surto do novo coronavírus atingiu 27 dos 31 residentes do Lar dos Velhinhos de Americana, seis idosos morreram. O último óbito —uma mulher de 84 anos que estava internada no Hospital Municipal e não tinha doenças preexistentes— ocorreu na última terça-feira. Entre os 34 funcionários, 18 tiveram diagnóstico de Covid-19 confirmado, sem mortes.
Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) como o Lar dos Velhinhos abrigam o grupo mais vulnerável ao coronavírus, que são pessoas acima de 60 anos, muitas delas com comorbidades. Quando há registro de caso suspeito ou confirmado de Covid-19 em uma unidade, o protocolo é acionar os órgãos de saúde e a Vigilância Sanitária.
Entre fevereiro e 12 de junho, 499 Instituições de Longa Permanência para Idosos no município de São Paulo registraram 190 óbitos e 755 casos de Covid-19, segundo mapeamento do Ministério Público.
Os primeiros resultados positivos para coronavírus foram detectados no lar em junho, quando uma parceria com o Rotary Club permitiu a testagem de todos os idosos e funcionários. A casa passou então a ser monitorada pela Vigilância Epidemiológica municipal. A primeira morte foi registrada em 10 de julho —um homem de 75 anos, com câncer. Após duas novas mortes, os exames de idosos e funcionários foram repetidos em 23 de julho.
Em fotos publicadas nas redes sociais, funcionários e residentes do lar aparecem sem proteção adequada em comemorações internas. A maioria dos idosos é vista sem máscara, enquanto funcionários posam com máscaras no queixo abraçando residentes. As comemorações são pelos aniversariantes do mês, em 30 de julho, e pelos 50 anos da entidade, em 3 de agosto — quando quatro mortes já haviam ocorrido.